POTENCIALIDADES
DO AQUÍFERO BARREIRAS
A importância do
aqüífero Barreiras no contexto estudado é notória, por se tratar de um sistema
relativamente raso, em geral livre, com melhores características para
armazenamento, circulação e renovação das reservas.
Em função do
comportamento geológico/hidrogeológico, e em particular de fatores climáticos,
estruturais, litológicos, dimensionais, hidrodinâmicos e qualitativos, foi
delineado um zoneamento das potencialidades do aqüífero Barreiras, tendo em vista
a variação espacial de sua vocação hidrogeológica.
Constata-se que o
domínio do aqüífero situado principalmente a leste de Ceará Mirim é de maior potencialidade
hidrogeológica, correspondendo a uma superfície da ordem de 180 km2 . A
variação sazonal do nível das águas subterrâneas foi estimada em 2 metros.
Sendo a porosidade específica de 10%, espessura média saturada de 30 metros, e
a área de 180 km2 , obtiveram-se os seguintes valores de reservas: RESERVAS
PERMANENTES – 540 milhões de m3 /ano; RESERVAS REGULADORAS – 36 milhões de m3
/ano..
Uma formação
arenítica de origem bastante duvidosa ocorre na região, localizada na base da
Formação Barreiras e sobre os calcários da Formação Guamaré. Trata-se de um arenito
médio a grosseiro, calcífero que, no poço da Lagoa Boa Água chega a alcançar a
espessura de 84m, aparecendo na profundidade de 68m e encontrando ‘o calcário a
152m de profundidade. Esse arenito não se correlaciona nem com a Formação
Beberibe, nem com a Formação Açu, sendo pois a sua origem ainda desconhecida na
bibliografia estratigráfica da região e da geologia do Rio Grande do Norte
Essa formação
arenítica calcífera desempenha importante papel na explotação do aqüífero
Barreiras, pois se constitui no “embasamento” do referido aqüífero e, na
maioria das vezes, a perfuração do poço é encerrada ao se atingir essa
formação.
Quanto a
espessura da Formação Barreiras na região, varia muito: em São José do Mipibu,
vai desde 30 até 102m de espessura; em Nisia Floresta, varia entre 19m e 120m;
em Arês, entre 38 e 72 m; em Goianinha, a variação vai de 12 a 99m e em Canguaretama
a variação fica entre 21 e 84m. Na borda da bacia, nas proximidades de Monte Alegre,
Brejinho, Espírito Santo e Pedro Velho, a Formação Barreiras encontra-se
diretamente sobre o embasamento cristalino, acusando em São José do Mipibu a
média de espessura de 41,8m e em Goianinha a média de apenas 18m. No restante
da área, mais para leste, onde a Formação Barreiras se deposita sobre o arenito
calcífero ou sobre o calcário, a espessura média da formação atinge 60m em
média.
FONTE - INTERNET